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No Hospício

“A palavra não deve ser para a alma senão um sinal misterioso, muito discreto, muito austero, muito augusto, só perceptível à visão dos espíritos. Parece mesmo uma deplorável extravagância da nossa natureza incompleta este capricho de reduzir a medida e a cadência as grandes emoções a que a alma se exalça em certos momentos.” (Rocha Pombo)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Respeito é prática recomendada!

Untitled-3.gifestrela É tão lindo quando vemos um colega, ou conhecido, falando sobre os preceitos de uma religião, os pensamentos religiosos em cima da sociedade e seus distúrbios emocionais. Pessoas que trazem assuntos de inspirar e perder o apetite até na hora do almoço, largar o garfo e escutar todas as lindas e deslumbrantes palavras “de Deus”. O curioso, e o mais ridículo disso, é quando essas mesmas pessoas, que se julgam no caminho certo da vida, cheias de morais e respostas na ponta da língua, usando gestos e expressões de pregador grego, põem-se a debochar dos colegas de convívio, persegui-los e tratá-los com desaforos, indo totalmente contra tudo o que “pregou” anteriormente. Então, onde foi parar a missa da igreja, reunião da seita ou assembléia da qual falou? Devia ter pego o garfo novamente e continuado a comer.

Então um ser humano desses, cheio de preconceitos e má aplicação de suas informações está livre para cuidar de crianças, adolescentes, incluído os que posso colocar no mundo. Futuros professores! É certo? O pensamento do homem contemporâneo evoluiu muito, estamos próximos do tele-transporte (há boatos de que já foi descoberto) e da viagem no tempo, segundo grandes pesquisadores físicos. Contudo ainda temos “pensadores” de opiniões arcaicas, voltadas para “não pode isso, não pode aquilo”, “Deus castiga e sexo só depois do casamento”.

Ah, por favor! Que pouca vergonha na cara. Acha isso, acha aquilo? Pesquise, estude!, se auto-avalie, antes de proferir qualquer palavra que possa ofender ou agredir emocionalmente os seus semelhantes. É muito fácil se esconder por trás de fofocas e deboches alheios. Criticar os outros é quase um hobbie diário. É a única forma que as espécies não-desenvolvidas encontraram para ocultar as próprias falhas. É mais divertido conviver com os disparates alheios do que aceitar a si mesmo e as necessárias mudanças. Antes de se achar na altura de humilhar outro, olhe para o seu umbigo e vê se não concorda comigo de que há muita coisa para ser mudada, principalmente amadurecida. Olhe bem, é muito comum – e até aceitável – um jovem de 20 anos cometer infantilidades. Isso faz parte até das cenas de seriados norte-americanos – não que seja algo bonito de se ver. Mas é grotesco um futuro praticante da docência, com idade acima dos 30, faltar com o respeito e a maturidade nas situações triviais.

terça-feira, 10 de maio de 2011

gladiadores

Tantas vezes eu quis compreender o sentido de não se deixar mais tocar pelas pessoas ao redor. Aos poucos estou encontrando esse caminho, que parece ser sem volta. Tantas vezes apostei mais fixas na pureza das coisas e neguei-me a ver a podridão por baixo dos panos limpos. Tantas vezes quis contrariar as leis da física e tatear de verdade o mundo em volta, esquecendo-me que esse mundo era uma parede de arbustos e espinhos. Agora mantenho-me estarrecida num lugar qualquer, deixando que os demais digladiem-se nessa batalha incessante pelo nada.