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No Hospício

“A palavra não deve ser para a alma senão um sinal misterioso, muito discreto, muito austero, muito augusto, só perceptível à visão dos espíritos. Parece mesmo uma deplorável extravagância da nossa natureza incompleta este capricho de reduzir a medida e a cadência as grandes emoções a que a alma se exalça em certos momentos.” (Rocha Pombo)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Ratueira

  1. Tinha um ratinho de laboratório que saiu para o mundo, pensando que este é igual ao seu laboratório, mas o ratinho só conseguiu dar voltas em torno do próprio rabo e quando finalmente descobriu que o mundo é diferente do seu laboratório ele desmoronou. Assim muitos de nós somos... temos crenças, idealizações fantásticas sobre a sociedade.
  2. Quando crianças não estamos diretamente ligados ao mundo social, nosso contato é através dos pais e responsáveis, e quando as cordas de proteção são rompidas levamos o choque contra a parede de concreto. Uma longa escalada até o topo. Nada do que acontece foi previsto, e se de alguma forma foi imaginado é porque vimos em alguma novela ou filme. Não, as novelas e os filmes não são reais, nem a maioria de nós termina a vida ao lado do príncipe (ou princesa) encantado (a), ricos e cheios de filhos perfeitos. No entanto algumas cenas se repetem, alguns fatos se assemelham a "telinha". Somos personagens vivos, com longas participações de atores figurantes.
  3. A idéia de filme não anula a idéia do muro de concreto e a escalada. Uma vez um amigo me disse que isso era a vida e que todos correm para chegar ao topo. Só que eu discordei dizendo que algumas pessoas só querem encontrar um canto com a vista perfeita para admirar a paisagem, o topo não interessa. Então surgiu a frase "e aqueles que estão correndo para chegar ao topo passam por cima dos outros que apenas estão procurando a vista perfeita". Então como devemos agir nesse corrida maluca (a sociedade)?

(by Míriam Coelho)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Brinquedo

Éramos crianças e pensávamos que o mundo era menor ainda, e brincávamos de grandes num universo muito mais imenso.
Não tínhamos as manhas desse jogo, mesmo assim, tivemos que aprender a passar de fase. Nessa brincadeira que é a vida nos escondemos e nos achamos no meio dos espinhos; e nem as marcas dos ferimentos mais antigos saram, até hoje, pelo caminho.
Somo, agora, adultos fingindo ser crianças para não vermos o que perdemos. E no "cirandinha vamos todos cirandar", eu me pergunto, para onde foram todos os nosso ideais?
Sentimos o desgosto em nossos estômagos sem nem provar uma colheirada do purgante. E nos escondemos sob os cobertores com medo dos monstros de fora dos guarda-roupas.
Nos tranformamos em reis sólidos de um reino sem habitantes, e destruidores dos bravos aventureiros que, inutilmente, tentam ultrapassar as nossas muralhas.

(By Míriam Coelho)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Solidão ou nada?

Você já sentiu que nada em volta faz algum sentido? Como se não soubesse se você está vivo e o resto das pessoas mortas, ou se é você quem morreu e elas estão vivas? Isso é tão comum e acontece com tantos que nem temos ideia. O fato é que realmente estamos perdidos, e a maioria das pessoas que nos deixam apáticos já morreram mesmo! Não há nada a fazer. Outros estão na mesma linha que a nossa e não nos farão sentido algum porque também não sabem quem são.
Em momentos como esses o certo é esquecer a idéia de que alguém irá nos salvar, porque você entendeu mal o conto-de-fadas. Não é isso. Ninguém salva ninguém. Somos nós mesmos que nos perdemos do nosso verdadeiro "Eu", passamos por provas cruéis até nos reencontrarmos e vivermos felizes para sempre.
Sabe quando somos crianças, é dia do papai e da mamãe, então pensamos no melhor presente e a melhor forma de dá-lo para que gostem mais de nós? É hora de repetir o mesmo consigo! Pense no que seria bom para você, não pouca coisa porque você quer se amar mais, e se empenhe na tal ideia. Tranque-se no quarto se for preciso, fuja dos outros se também for necessário, e não espere que o mundo ao redor faça o mesmo por ti. As pessoas ao redor são espermas tentando passar, enquanto você já está dentro do óvulo.

(by Míriam Coelho)

terça-feira, 20 de julho de 2010

A verda é que...

... Com você aprendi a chorar.
Com você aprendi a entender
Palavras que eu nem sabia que existiam.
Com você eu aprendi a sonhar como criança
E entendi que minha vida longe de você me mata.
Só percebo, então, que estive morta quando você volta.
Com você aprendi a rodar feito uma criança
á olhar para o mundo que fica fora do gira-gira.
Por você ajo mesmo como uma menina
Que sonha com a continuação do conto-de-fadas.
Você não é o príncipe, o guerreiro, ou o super-herói
Que veio para salvar o mundo.
Você é apenas aquele que faz a diferença no meu coração.
By Míriam Coelho

terça-feira, 6 de julho de 2010

X da questão

Sentimentos mudam, os meus deveriam também
A dimensão paralela onde vivo é longe, distante
E aquele cavaleiro jamais sairá para me alcançar.
Os sentimentos mudaram e os meus continuaram...

Eu não queria estar nesse barco
Mas ninguém queria estar em barco algum.
Nesse mar, ou somos pássaros, ou havemos de boiar
Porque peixes são aqueles que nos puseram nesse mar.