Pensamentos Noturnos VII

Num momento você olha para trás e se pergunta: a que ponto tudo chegou? Lembra de quando iniciou as mudanças, na esperança de que tudo melhorasse; lembra-se das risadas, sonhos depositados em cada gesto, passo e palavras...
Então o choro vem, porque aquela pessoa que você era ainda 3 ou 4 meses atrás tornou-se outra. Por que não se reconhece em si mesma? 
Você observa através da janela a sua vida como se tivesse sido um filme. Um filme que tomou outro rumo...
Queria reescrever aonde eu errei, queria reescrever aonde todos erraram, mas não tenho esse poder nem sobre mim mesma, como teria sobre os outros?
Penso que minhas atitudes talvez tivesse desencadeado tais atitudes, mas repenso e digo "não". Não haveria como ser diferente. Eu poderia adiar as coisas, porém não poderia corrigir a mente de ninguém.
Assim é a vida, uma destruição de sonhos, talvez para que outros nasçam, ou talvez para que provamos a nós mesmos o quanto queremos realmente tais coisas.

Labirinto

O labirinto se estende por uma variedade infinda de quilômetros à frente.

Eu corro! Meu corpo está cansado, há pouco um golpe me levou ao chão, e no chão eu quis ficar. Não era algo tão grande, mas perdi algo que parecia ser essencial. Só agora eu vi que tudo que tenho agora é essencial e que, sim, estou ainda incompleta. O que me falta é justamente o que jamais teria me levado ao chão com tanta rapidez e tom. O labirinto não é sem objetivos. Todos percorrem algum caminho confuso, escuro e cheio de demônios ocultos. Contudo poucos percebem a essência e propósito disso aqui.