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No Hospício

“A palavra não deve ser para a alma senão um sinal misterioso, muito discreto, muito austero, muito augusto, só perceptível à visão dos espíritos. Parece mesmo uma deplorável extravagância da nossa natureza incompleta este capricho de reduzir a medida e a cadência as grandes emoções a que a alma se exalça em certos momentos.” (Rocha Pombo)

domingo, 19 de agosto de 2012

O Amor de Emiele

Existe um lugar do qual Emiele sempre se lembrará.
Existe alguém de quem Emiele sempre se recordará.
E existe algo que Emiele sempre esconderá.

O amor de Emiele se partiu em mil pedaços naquele jardim por pensar apenas em sua própria dor e esquecer o amor da jovem. Egoísmo! Agora Emiele partiu, deixando por lá o amor - que transformou-se em um personagem recortado pelo tempo e paralisado no passado.
As águas correm e chocam-se contra as pedras. Ela observa, controlando o desejo de se atirar. "Seria uma morte interessante, descobrirei, ao menos, a sensação de voar sobre o abismo de mármore e cair na água salgada da morte." Pensou ela. Manteve o juízo da influência externa humana.
O coração palpitou novamente para o passado e relembrou que em nenhum momento de sua divagação sobre abismos e voos ela esteve longe de esquecê-lo - o afeto pela Estátua. Por mais que pense noutras coisas, Emiele amará para sempre sua estátua partida.

E assim segue o amor de Emiele.

Primeira parte da história: http://miramuemeumundo.blogspot.com.br/2010/02/o-jardim-de-emiele.html

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