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No Hospício

“A palavra não deve ser para a alma senão um sinal misterioso, muito discreto, muito austero, muito augusto, só perceptível à visão dos espíritos. Parece mesmo uma deplorável extravagância da nossa natureza incompleta este capricho de reduzir a medida e a cadência as grandes emoções a que a alma se exalça em certos momentos.” (Rocha Pombo)

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Pensamentos Noturnos V

O que mais me doeu foram as palavras ditas por alguém que ofereci o mundo.
Não houve consideração... Não houve compreensão. Não houve respeito! Tudo foi jogado sobre mim, como minha culpa. Do que eu tenho culpa? Da sua incompetência? Medo? Fraqueza? Tenho culpa por você ser tão cabeça dura, ignorante e não gostar de fazer nada diferente, além de encher a cara na frente do Bambus? Tenho culpa por você só se importar consigo mesmo e se auto-vangloriar sem valer o que realmente diz?
Eu tenho culpa por ajudá-lo quando precisou! Eu tenho culpa por dar algum presente, sem você ter me comprado nada! Tenho culpa por ter o entendido, quando ninguém mais fez! Tenho culpa por ter cuidado de você todas as vezes em que não podia nem cuidar de si próprio!
Tenho culpa por ter gostado de você, mesmo quando nem você se gostava...
Queria mesmo que tudo não passasse de um pesadelo, um aviso... Mas não, é bem real. Você me magoou e eu jamais quero passar por isso de novo. Você não tem noção do mau que me fez... E jamais desejo isso que passei ao meu pior inimigo, porque você me negou a mão nos meus momentos, me obrigou a agir do jeito que você queria agir, me humilhou no meu momento de desespero e não me apoiou nas minhas pisadas em falso. Jamais pude desabafar contigo; jamais pude te mostrar o meu mundo, porque tudo que você queria era ver o seu. Parabéns. Seu egocentrismo tornou-o uma pessoa cega. Seu egocentrismo fez com que jogasse os seus defeitos em cima de mim, para que eu me sentisse tão baixa quanto.
Mas quem se sustenta por completo sou eu. Quem tem dinheiro no final do mês sou eu. Quem faz faculdade sou eu. Que chora, tem doenças e mesmo assim enfrenta todas as dificuldades da vida e o desafeto de uma família sou eu. O que você faz, o que você tem? Anda de skate, com um bando de crianças de 12 anos. Tem uma banda que há muito tempo não toca em shows ou que os outros não reconhecem. Trabalha de pião para um patrão problemático. E tem parceiros para encher a cara, enquanto foge dos problemas familiares covardemente.

Nunca mais me misturo com merda.

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